Município cobra ações do DNIT para evitar novos alagamentos

18/02/2019 - 20:17h

As chuvas que caíram na região no último final de semana deixaram muitas cidades da região em estado de alerta e com grandes problemas em sua infraestrutura. Em Navegantes, conforme dados da Defesa Civil, choveu em 24 horas um volume de 188 milímetros, o equivalente ao esperado para um mês de chuva nesta época do ano. Os bairros mais atingidos foram Gravatá (Loteamento Açaí), Meia Praia, Escalvados (zona rural do município) e Machados (localidades conhecidas como Rua do Açude e Rua das Queimadas), nas proximidades da BR 470.

Equipes da Prefeitura de Navegantes, sob o comando do prefeito Emílio Vieira, juntamente com a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militares e Bombeiros Voluntários, percorreram as áreas mais atingidas do município realizando o monitoramento, desobstrução dos canais de drenagem e apoio as famílias que tiveram suas casas invadidas pelas águas. Não foi necessário o uso de abrigos coletivos, pois os moradores atingidos optaram por passar a noite na casa de parentes ou amigos.

Na manhã desta segunda-feira (18) houve uma grande mobilização por parte do Poder Público Municipal e Defesa Civil para minimizar os prejuízos causados pelas fortes chuvas. Equipes de trabalhadores e maquinários pesados foram utilizados para desobstrução de vias e ajudar na drenagem dos pontos mais alagados.

Uma força tarefa atuou durante toda a manhã e parte da tarde nas proximidades da BR 470, para atender os moradores da localidade conhecida como “Rua do Açude” e “Rua das Queimadas”, no bairro Machados, que tiveram suas casas invadidas, devido a problemas de assoreamento nas galerias que escoam as águas daquelas ruas, no trecho de duplicação da BR 470, no KM 5. Cerca de 200 famílias ficaram sem água potável após o rompimento da tubulação. Equipes da Secretaria de Saneamento Básico de Navegantes (SESAN) estão trabalhando no local, mas a previsão é que a situação só deve ser normalizada no final da manhã de terça-feira (19). A recomendação é para que os moradores que tenham reservatório façam racionamento da água até que a situação seja resolvida.

Uma reunião no gabinete do prefeito, no final desta manhã, convocada pela Prefeitura e a coordenação da Defesa Civil Municipal, contou com a presença de representantes dos moradores atingidos pelo alagamento, DNIT e engenheiros das empreiteiras responsáveis pelas obras de duplicação.

O prefeito Emílio Vieira e os técnicos do município acreditam que a principal causa do alagamento nestes locais próximo a BR 470, são as obras de duplicação, que teriam provocado o assoreamento ou danificado parte dos canais de drenagem, através da sondagem do solo e aplicação de concreto injetado em diversos pontos da via. Segundo eles, estas ações provocaram alteração no canal, que fica localizada debaixo da rodovia, causando o represamento da água das chuvas que correm desses bairros em direção ao Rio Itajaí-açu. “Em menos de 28 dias os moradores da região do Açude tiveram suas casas invadidas pelas águas das chuvas, fato que não ocorria desde a enchente de 2008”, enfatizou o prefeito, cobrando providências urgentes dos responsáveis pela obra.

Os moradores também relataram que os problemas de alagamento começaram a se agravar quando iniciaram as obras da BR 470 e pediram providências, pois a situação vem sendo recorrente a cada chuva. O prefeito, reforçou ainda, que a duplicação da BR 470 é uma prioridade para Navegantes e região, mas que também deve-se olhar pela comunidade que mora próximo ao local. “As pessoas estão sofrendo com estes alagamentos e temos que nos colocar no lugar delas. Não é fácil para ninguém ver a água invadir o seu lar. Não adianta fazer uma grande obra de infraestrutura, sem levar em conta o que está em volta dela”, reforçou o prefeito.

Tanto o representante do DNIT como os empreiteiros responsáveis pela execução das obras, se comprometeram com as autoridades municipais e com os moradores em tomar providências urgentes, para que o problema seja sanado o mais rápido possível. O fiscal do DNIT em Santa Catarina, João Vieira, afirmou no encontro que tem que haver mais fiscalização nas obras e disse que vai cobrar e também acompanhar de mais de perto a execução dos trabalhos, para que a comunidade não seja prejudicada.

 

Texto: Fernando C. de Souza – SC 00980 JP

Secretária de Comunicação – Maria Flor

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