Cidade Nome do Bem Natureza
Navegantes Balsa Imaterial


 

Breve Histórico:

Na região do bairro Porto das Balsas existe a balsa que faz o transporte de pedestres, ciclistas, motociclistas e automóveis. Ela está sob propriedade da Empresa de Navegação Santa Catarina e sempre foi a passagem secundária para quem quer fazer a travessia Navegantes/Itajaí.

 

Quando surgiu esta travessia ela era de propriedade dos senhores Serafim Ignácio e Manuel Borba, o “Maneca”, e ficava localizada no então bairro Saco Grande. Quando ocorriam as intempéries, que são as fortes chuvas e vendavais, os colonos não podiam fazer a travessia de seus produtos pela passagem principal que estava localizada no centro de Navegantes e por isso utilizavam a balsa para atravessar. A facilidade da travessia que estava localizada no centro (atual ferry boat) era maior pois as casas de comércio onde eram vendidos os produtos vindos da colônia estavam localizadas nas margens do rio em Itajaí.

 

Por ser uma balsa geograficamente fora de rota para quem vinha de outras regiões o caminho era mais difícil, longo e moroso. A venda dos produtos em Itajaí era pouco utilizada para esse fim porém quando as intempéries impediam a passagem na travessia central era à balsa de Saco Grande que os vendedores recorriam. Por não ter tanto movimento diário era mais comum ouvir relatos de moradores sobre peculiaridades na travessia, como relata a Sra. Paula Franscisca Leal (Vidinha) para Didymea Lazzaris de Oliveira durante as pesquisas realizadas para o livro O Navegantes que eu Conto. Vidinha, como era conhecida na região, conta que passavam tropas de perus. Os colonos de Luis Alves traziam os perus em tropas, uma média de 100 perus que eram puxados por um homem que vinha a frente com uma soca de milho, puxando os perus e no final da tropa vinha outro homem empurrando.

 

Vale ressaltar que esta travessia foi uma das únicas ligações do sul com o norte, em Santa Catarina. A rodovia BR-101 foi construída em várias etapas e, apenas em 1971, foi oficialmente inaugurada e liberada para o tráfego de veículos (BRASIL, [199_]). Além da ampliação da malha rodoviária existente, com a pavimentação e incorporação de trechos em várias regiões, foram realizadas obras de grande importância para a integração e desenvolvimento nacional, entre elas, a longitudinal

BR-101, denominada Rodovia Litorânea, que liga o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, através de regiões com fascinantes belezas naturais (PEIXOTO, 1977, p. 112).

 

Essa rodovia foi descrita na Lei 4.592 de 29 de dezembro de 1964, que aprovou o Plano Nacional de Viação do País. Seu traçado corta os municípios de Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracajú, Feira de Santana, Itabuna, Vitória, Campos, Niterói, Rio Janeiro, Mangaratiba, Angra dos Reis, Caraguatatuba, Santos, Iguape, Antonina, Joinville, Itajaí, Florianópolis, Tubarão e Osório, totalizando 4.080 quilômetros de extensão, conforme disposição regulamentar (BRASIL, 1964).

 

Segundo fontes do Ministério Público Federal em Santa Catarina (MPF/SC), os primeiros trechos no território catarinense foram construídos no Norte do Estado, entre Garuva e a grande Florianópolis, entre os anos de 1958 e 1962. Na região Sul, as obras foram iniciadas em 1963 e

 

inauguradas em 1970, com a complementação da pavimentação asfáltica Referências:

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. MPF/SC quer recuperar trecho norte da BR-101: ação aponta diversas falhas na duplicação da rodovia federal. Florianópolis: ASCOM, 2007. Disponível em:

_br101_jlle.htm>. Acesso em: 2 fev. 2008.

 

BRASIL. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Descrição das rodovias federais: BR-101. In:                              . Ministério dos Transportes. 16º Distrito Rodoviário Federal em Santa Catarina. Histórico das rodovias federais em Santa Catarina.

Florianópolis, [199_]. p. 29-70.

 

BR-101 a caminho da duplicação. Revista do Confea, Brasília, n. 11, jul./ago./set. 2002. Disponível em: < http://www.confea.org.br/revista/materias/edicao_11/materia_03/materia.asp>. Acesso em: 2 fev. 2008.

OLIVEIRA, Didymea Lazzaris. O Navegantes que eu conto. Navegantes: Papa Terra, 2012. 400 p. PEIXOTO, J. B. Os transportes no atual desenvolvimento do Brasil. Rio de Janeiro:

Biblioteca do Exército, 1977. 332 p. (Coleção General Benício, v. 147, publ. 467).

Uso atual:

A Empresa de Navegação Santa Catarina faz a gerência da travessia e opera com uma balsa movida por dois rebocadores. É uma empresa dedicada ao transporte fluvial de veículos e passageiros que faz ligação entre as áreas de São Domingos (Navegantes) e Barra do Rio (Itajaí). Transporta veículos e passageiros, atendendo às normas da Marinha do Brasil que realiza inspeções periódicas nas embarcações.



 
Nome Empresa de Navegação Santa Catarina
Permite Visitação Sim
Horário para Visita 05:00 ás 23:59 h
Dificuldade Visita Fácil
Sinalização Indicativa Boa
Sinalização Interpretativa Nenhuma
Tipo de Acesso Pavimentado
Acessibilidade Sim
Sinal de telefonia móvel Sim
Tipo Proprietário Privada
Bem tombado ou Registrado? Não


 

Pontos Fortes:

Agilidade na travessia entre Itajaí e Navegantes.

Existência de passe livre para o trabalhador com carteira assinada e o estudante.

Pontos Fracos:

Relatos de sensação de insegurança no entorno da balsa.

Valor considerado oneroso para a população que utiliza diariamente a balsa. Conforto insuficiente para os pedestres que atravessam na balsa.

Direcionamentos:

 

Elaborar estratégias que permitam o aumento da sensação de segurança à noite no entorno da balsa.

Proporcionar mais conforto aos pedestres durante a travessia.

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