
Cidade | Nome do Bem | Natureza |
Navegantes | Ferry Boat | Imaterial |
Breve Histórico:
O primeiro proprietário da passagem do rio Itajaí-Açu era João Sacavem que recebeu a área como sesmarias. A travessia iniciou-se com bateras, depois evolui para lanchas, seguindo das balsas.
Inicialmente não existia na travessia barcos motorizados.
Desde o final do século XIX, o Sr. Francisco Leite, proprietário de um pequeno bote a remos, prestava o serviço de travessia para a comunidade. A embarcação era usada para travessia de pessoas e mercadorias.
Na década de 1930, eram proprietários da passagem Bernardo e Arthur Gaya. Devido a morosidade da travessia, num carnaval itajaiense satirizou-se o serviço de transporte num carro alegórico.
Na década de 1950 a operação das travessias era administrada pelo Sr. Leonel Seara e D. Noca. Eles adquiriram a passagem do antigo proprietário Valdemar Vieira. Na década de 1960 o barqueiro que prestava serviço noturno com uma bateira a remos era o popularmente conhecido “Lauro Cego” assim apelidado por sua deficiência visual.
No início da década de 1960 a operação da travessia foi realizada por uma Sociedade Beneficente de Navegantes formada por estivadores. Havia boas embarcações mas houve problemas com o valor da tarifa. Com isso, em 1967 iniciou a operação por uma empresa fundada por Joaquim Tiago Alves e José Manoel Reiser com três embarcações tipo lanchas, todas cobertas. Em 1976 iniciou o projeto do ferry boat que foi inaugurado em novembro de 1979.
O comércio entre Navegantes e Itajaí inicialmente era voltado para o transporte de mercadorias como banana, farinha. A travessia era feita também a noite. O sr. Arthur Gaya afirma que tinha na passagem duas bateras a remo sendo a maior utilizada no horário de pico.
Houve um período em que a lancha recebeu o nome de Barra Velha que referia-se ao local de onde ela veio. Ela tinha um espaço livre para atravessar as bicicletas.
A cobrança da passagem inicialmente era feita na balsa, depois foi construída uma casinha com uma roleta onde por muito tempo ficou a D. Noca fazendo a cobrança das passagens. A travessia de Navegantes para Itajaí era feita diariamente por muitos estivadores que eram trabalhadores do porto.
Referências:
MAFRA. Vilma. A Passagem e suas Histórias. Documentário. Disponível em:
OLIVEIRA, Didymea Lazzaris. O Navegantes que eu conto. Navegantes: Papa Terra, 2012. 400 p.
Ano de Fundação: Séc. XIX
Uso atual:
A Empresa de Navegação Santa Catarina gerencia a travessia que faz a ligação entre as áreas centrais das cidades de Itajaí e Navegantes (SC). Opera com 04 embarcações tipo ferry boat na travessia do Centro e com uma balsa movida por dois rebocadores. Transporta veículos e passageiros. Há gratuidade da travessia no ferry boat, entre as cidades de Itajaí e Navegantes, através do Programa Passe Livre que abrange todo trabalhador, estudante e deficientes físicos devidamente cadastrados. Eles têm o direito de retirar mensalmente 50 passes, favorecendo pedestres, ciclistas e motociclistas.
Durante a procissão da festa de Nossa Senhora dos Navegantes, o ferry boat é a embarcação que faz o transporte da santa, padres e fiéis durante todo o trajeto do rio Itajaí - Açu.
Nome | Empresa de Navegação Santa Catarina |
Permite Visitação | Sim |
Horário para Visita | 24h |
Dificuldade Visita | Fácil |
Sinalização Indicativa | Boa |
Sinalização Interpretativa | Pouca |
Tipo de Acesso | Pavimentado |
Acessibilidade | Sim |
Sinal de telefonia móvel | Sim |
Serviços regulares | Outros |
Tipo Proprietário | Privada |
Bem tombado ou Registrado? | Não |
Pontos Fortes:
Agilidade para travessia entre Navegantes e Itajaí.
Existência de passe com valor reduzido para o trabalhador com carteira assinada e o estudante.
Cumpre as regras de segurança (coletes salva vidas).
Pontos Fracos:
Para a população que precisa utilizar diariamente o ferry boat torna-se oneroso. Conforto insuficiente para os pedestres que utilizam o ferry boat.
Não há proteção suficiente para que os pedestres não se molhem em dias de intempéries. O veículo solta muita fumaça.
Direcionamentos:
Melhoria da estrutura para propiciar mais conforto para os pedestres. Disponibilizar wifi para todos os usuários.
Diminuir a emissão de fumaça e despejos de resíduos de óleo no rio. Instalação de cobertura adequada para proteção em dias de chuva.
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