Breve Histórico:

A festa do Divino Espírito Santo é uma manifestação religiosa que foi estabelecida em Portugal no século XIV, chegando no Rio de Janeiro com a família imperial e que mantinha como tradição a distribuição de comida aos pobres.

No litoral catarinense a festa é comemorada com procissão, folguedos, trajes típicos, fogos de artifício, comida e bebida. Traz como herança a tradição açoriana envolvendo no ritual a figura do Imperador com sua bandeira e seu séquito de súditos.

A festa do Divino Espírito Santo é realizada na paróquia do Santuário de Nossa Senhora dos Navegantes uma semana após o Pentecostes, no domingo da Santíssima Trindade, por acordo feito com a paróquia vizinha Nossa Senhora da Penha.

Esta festa iniciou-se na década de 1960, sendo realizada com crianças, com a presença dos imperadores, empregadinhos, familiares e devotos. Os imperadores visitam as casas levando a bandeira do Divino, tocadores e cantores, entregando pessoalmente o convite para as crianças representantes e o povo. Na santa missa realiza-se a coroação do imperador e da imperatriz, a coroa e o cetro, que deixam de ser “símbolos do poder temporal do ‘imperador’, para constituírem símbolos do próprio Espírito Santo e objetos de veneração e culto. (OLIVEIRA, 2012, p. 223)

Referências:

OLIVEIRA, Didymea Lazzaris. O Navegantes que eu conto. Navegantes: Papa Terra, 2012. 400 p.

Ano de Fundação:                     1961

Uso atual:

O Santuário Nossa Senhora dos Navegantes ficou sem realizar a festa durante dez anos. Em 2012 o padre Fabian reativou a festa e foram indicadas as crianças que seriam a realeza da festa. Neste mesmo ano, foram abertas as inscrições para que as crianças de 7 a 14 anos concorressem através de um sorteio à realeza da festa que se realizaria no ano seguinte. Desde então anualmente voltou a acontecer a festa do Divino Espírito Santo.

Pontos Fortes:

Festa tradicional da religião católica na cidade. Reforça a identidade cultural.

Envolve a comunidade na organização e execução da festa.

Crianças são os imperadores e imperatrizes, o que preserva a essência da festa e possibilita a continuidade da mesma.

Retomada recente da festividade que ficou 10 anos sem ser realizada.

Pontos Fracos:

Intolerância religiosa.

Direcionamentos:

Registrar a Festa do Divino Espírito Santo como patrimônio imaterial da cidade.