Cidade Nome do Bem Natureza
Navegantes Capoeira Imaterial


 

Breve Histórico:

A capoeira em Navegantes iniciou-se na década de 1980 e tem como precursor da capoeira contemporânea no município o Mestre Olhão, apelido de Sidinei, cujo sobrenome desconhecemos. Olhão foi aluno de Mestre Suassuna, um dos mais representativos mestres do país. Natural da Bahia, até onde se sabe, teria recebido seus ensinamentos nesse estado e, somente nos finais da década de 1980, trouxe a arte para Navegantes. Seu trabalho se estendeu pelos bairros São Pedro e Centro, no extinto Pavilhão de Eventos (atual Centro Integrado de Cultura de Navegantes), e houve grande difusão, na época, principalmente devido ao seu pioneirismo e à resistência que apresentou em sua atuação. Deu aulas até o final da década de 1990, deixando como legado a possibilidade de despertar o interesse da comunidade para a capoeira.

 

Também são popularmente conhecidos o Mestre Raio e o Mestre Meia-noite, este último é o pai do conhecido performer Gato Preto, que fez fama no Vale do Itajaí vendendo a milagrosa e famosa banha do peixe-boi, pulando aros de faca, virando mortal por cima dos expectadores e apresentando- se em praças como a Praça Central de Navegantes. Sua representatividade na capoeira navegantina centra-se na ideia folclórica da arte como uma forma alternativa de sustento e entretenimento.

 

Durante a década de 1990, o Mestre Careca contou com uma legião de alunos que plantaram a capoeira em diversas cidades do Vale e, dentre elas, Navegantes. Os primeiros alunos de Mestre Careca a desenvolver a capoeira em território navegantino foram Cabeça, apelido de Joacir Centurião, Pica-pau, apelido de Fernando Pedro da Silva, Zizo, apelido de Luís Leôncio Tomé e Capitão, apelido de Edson Rosa. O então formado Cabeça dava aulas no bairro Centro, o então formado Pica-pau no bairro Gravatá, na Associação 18 de Maio, o formado Zizo no bairro Machados e o então recém-formado Capitão nos bairros do Centro, Porto Escalvado e Porto das Balsas, atingindo todo o público interessado, entre crianças, adolescentes e adultos.






 



 

Uso atual:

Contramestre Latino, que desenvolve, desde 2015 (depois de 12 anos parado), um trabalho voluntário em parceria com a Fundação Municipal de Esportes no bairro Centro, e atende alunos dos bairros São Pedro, Nossa Senhora das Graças, Pedreiras e Centro. Suas aulas estão sob a supervisão do Mestre Careca, que, desde 2016, desvinculou-se do grupo (Academia de Capoeira Praia de Salvador) - ACAPRAS e retomou a direção do grupo AECI (hoje conhecido com AEC – Associação Esportiva de Capoeira). Suas aulas destinam-se a crianças, adolescentes e adultos.



 
Nome Grupo Associação Esportiva de Capoeira (A.E.C)
Nome Dirigente Contramestre Latino
Permite Visitação Não
Tipo Proprietário Privada
Bem tombado ou Registrado? Não


 

Pontos Fortes:

A capoeira está relacionada historicamente com a presença negra.

Grupos de capoeira fazem rodas no centro da cidade e nos bairros ao ar livre. Há cursos e palestras referentes a capoeira.

 

Há uma associação de capoeira de Navegantes.

A capoeira possibilita a inserção de pré-adolescentes e adolescentes no esporte e na cultura.

Pontos Fracos:

Pouca frequência de rodas de capoeira e apresentações culturais ao público.

Baixa submissão de projetos para captação de recursos nas leis de incentivo a cultura. Capoeira ainda vista às margens da sociedade.

Direcionamentos:

Apoiar ações que propiciem mais visibilidade aos grupos e a associação de capoeira. Incentivar a prática da capoeira nas escolas e bairros.

Desenvolver pesquisas para compilar as referências ligadas à capoeira na cidade. Investimentos da área esportiva direcionados para a associação de capoeira.

Apoiar as atividades culturais ligadas a manutenção da capoeira. Criar um ponto de memória para a associação AEC.

 

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