Cidade: | Nome do Bem: | Natureza: |
Navegantes | Carpintaria Naval | Imaterial |
Breve Histórico:
A tradição da carpintaria naval nos arredores do rio Itajaí-Açu advém da cultura ibérica da construção das embarcações em madeira. O primeiro relato de embarcação construída foi de Antônio Menezes Vasconcelos Drummond com a sumaca São Domingos Lourenço. O saber fazer da carpintaria é passado informalmente para os descendentes nos núcleos familiares. Os relatos dos primeiros estaleiros em Navegantes ocorrem no Bairro São Domingos, contudo, devido a construção dos moles da barra a empresa Cobrazil também possuía estaleiro para manutenção das balsas fora do bairro São Domingos.
A prática da carpintaria naval tem cunho artesanal. As peças que são introduzidas nas embarcações são confeccionadas de forma diferenciada, ou seja, são únicas. E a construção do barco também é efetivado de forma espelhada, onde é feito um lado e o outro é copiado invertidamente.
A partes componentes desse modelo de embarcação seriam, quilha, caverna, bolina, cadastro, pé de galo, proa, popa, bombordo, boroeste e costado. Uma vez a parte de marcenaria sendo entregue o acabamento é efetivado pelo Calafate, que isola as frestas existentes na madeira, evitando a entrada de água para dentro da embarcação.
Uso atual:
A carpintaria naval encontra-se em processo de mudança das suas técnicas com o advento de novos materiais (aço, resinas e laminados) e processos construtivos, bem como a inserção da energia na alimentação das ferramentas. Mesmo que a construção em madeira ainda seja preponderante, tanto pelo custo quanto pela sua demanda, a mão-de-obra de carpintaria não tem a mesma abundância como era em outros períodos.
Aliado a essa diminuição da mão-de-obra na carpintaria naval de madeira, o número de estaleiros que trabalham com embarcações em aço aumenta devido a demanda de produção do petróleo e de serviços navais em alto mar, que poderá no futuro diminuir a construção de embarcações em madeira.
Nome | Prefeitura Municipal de Navegantes |
Permite Visitação | Sim |
Horário para a Visita | Mediante agendamento prévio |
Dificuldade Visita | Fácil |
Sinalização Indicativa | Pouca |
Sinalização Interpretativa | Nenhuma |
Tipo de Acesso | Pavimentado |
Tipo Proprietário | Privada |
Bem tombado ou Registrado? | Não |
Pontos Fortes:
Meio de emprego e renda para grande parte da população ribeirinha da cidade. Tradição amplamente conhecida na região e no estado de Santa Catarina.
Pontos Fracos:
Mão-de-obra está migrando para estaleiros industriais.
Falta de incentivo municipal para manutenção dessa tradição.
Direcionamentos:
Criação de oficinas para prática da carpintaria naval.
Incentivo fiscal para manutenção dos espaços onde os estaleiros encontram-se instalados.