Breve Histórico:

Não se sabe ao certo como a consertada surgiu. Há registros de bebidas e licores parecidos desde São Francisco do Sul à Sombrio, no sul do estado de Santa Catarina e se levanta a possibilidade da bebida ter sido oferecida inclusive à Imperatriz Maria Leopoldina. Segundo a pesquisadora e jornalista Márcia Ferreira “Quando ela visitou a Enseada do Brito teria passado mal e escravos lhe ofereceram uma espécie de ponche, que a ajudou a melhorar. Nele havia cachaça e especiarias”. Há também quem diga que foram os índios os inventores da consertada e que o café acabou adicionado depois, com a chegada dos portugueses. A bebida era feita com o restinho de café, que ficava ali, esquecido no fogão e era consertado com um pouco de cachaça. Durante o período das festas de final de ano começa a produção para a espera do Terno de Reis e das visitas.

A culinária local é relevante para o fortalecimento dos laços sociais e, sob a ótica do patrimônio, é resultante de um conjunto de elementos materiais disponíveis no território e do legado imaterial das culturas alimentares dos povos que formam a coletividade. Tradicionalmente os valores e os significados das receitas são mantidos, mas a forma de produção e alguns ingredientes sofrem pequenas variações dependendo do responsável pela elaboração do prato. É neste contexto que cita- se a receita a seguir.

INGREDIENTES

50 gramas de gengibre.

50 gramas de cravo da índia. 50 gramas de canela pau.

50 gramas de erva doce. 2 litros de cachaça.

2 litros de café bem forte sem açúcar. 5 xícaras de chá de açúcar.

INSTRUÇÕES DE PREPARO

1. Coloque as especiarias e o açúcar em uma panela. Caramelize a mistura.

2. Adicione café e deixe ferver.

3. Acrescente a cachaça. De novo, espere o ponto de fervura.

4. Desligue o fogo. Deixe o líquido esfriar.

5. Despeje em uma garrafa de vidro.

6. Parabéns, você fez uma consertada!

DICAS

Quando for caramelizar o açúcar e as especiarias não os deixe escurecer em demasia.