Breve Histórico:

De acordo com Serpa (2000, p. 37) “a técnica de plantio da mandioca e da produção de sua farinha é um legado indígena” que foi assimilado pelos europeus em território brasileiro. A partir de meados do século XVIII, com a imigração açoriana em Santa Catarina o processo de beneficiamento da farinha de mandioca ganhou destaque. O ciclo da farinha perdurou até a primeira metade do século XX, ainda restando resquícios desse ciclo econômico em localidades onde a agricultura é a principal fonte de renda.

O modo de fazer a farinha em engenhos é uma tradição em Navegantes. A farinha é um ingrediente muito usado na culinária local e quando produzida de maneira tradicional é mais valorizada pelos navegantinos. Os engenhos de farinha eram quando localizados na praia de Navegantes eram movidos por tração animal, com o advento da modernização hoje a produção é feita através de maquinários e estão todos localizados no bairro Escalvados.

Referências:

SERPA, Ivan Carlos. Os Engenhos de Limeira: História e memória da imigração italiana no Vale do Itajaí. Itajaí/SC: UNIVALI 2000.

Uso atual:

A existência de Engenhos de Farinha em Navegantes se relega aos espaços rurais da cidade, como por exemplo o bairro Escalvados. Anteriormente eles encontravam-se perto da praia, no entanto, com o desenvolvimento urbano e por consequência a mudança do ciclo econômico local, deslocou- se tal atividade para bairros mais afastados do Centro.

Segundo a historiadora Benta Cristina o engenho que ainda existe no Escalvados é o da família Teles. Ele ficava sob cuidados do Sr. Wilson e depois passou para seu sobrinho Willian.

Pontos Fortes:

Existência de engenhos de farinha em funcionamento.

Pontos Fracos:

Falta de incentivo a preservação desse saber fazer.

Direcionamentos:

Realizar inventário com os registros dos engenhos de farinha existentes (em uso ou conservados).